Arquivo mensais:novembro 2015

Confira as iniciativas inclusivas

Que cultura e cidadania caminham juntas na construção de uma cidade cuja população abraça a inclusão, isso todos já sabemos faz tempo. Agora pensar no processo de dar real visibilidade à diversidade por meio do estímulo aos agentes culturais que efetivamente criam ações pensando nos cidadãos com deficiência do município de São Paulo é um desafio constante que merece esforços redobrados. E é com este foco que projetos contemplados pelo Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais – VAI reiteram os esforços da articulação entre as Secretarias Municipais de Cultura (SMC) e da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) para que mais iniciativas tenham impacto também nessa parcela da sociedade. Conheça um pouco mais dos projetos:http://bit.ly/1ltfMT0

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Filme do dia: Homens de Honra

Feriado combina com filme, então que tal curtir esta nossa indicação da‪#‎SessãoInclusiva‬? Em “Homens de Honra”, Carl Brashear é membro de uma humilde família negra nos anos 40 e se alista na Marinha esperando se tornar um mergulhador. Inicialmente, Carl trabalha como cozinheiro, uma das poucas tarefas permitidas a um negro na época. Quando mergulha no mar sem permissão, surpreende a todos com sua velocidade e se torna um “nadador de resgate”. Na escola de mergulhadores encontra o comandante Sunday, um instrutor áspero e tirânico que faz muito pouco para encorajar suas ambições. Porém, a determinação de Carl o impressiona e ele se tornam amigos quando Carl tem de lutar contra o preconceito e a burocracia militar.

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Oficinas Brincar Inclusivo

As oficinas que estamos oferecendo sobre o Brincar Inclusivo foram ampliadas para as unidades/serviços públicos e/ou conveniados com aPrefeitura de São Paulo que atuam na educação, saúde, assistência social, esportes e lazer, cultura, verde e meio ambiente, entre outros. Cada unidade interessada, deve se comprometer em disponibilizar o espaço para a realização da(s) oficina(s), bem como organizar as inscrições de turmas, que devem contar com no máximo com 30 participantes.

O prazo para que essas unidades manifestem interesse em promover as oficinas segue até o dia 26/11/2015, às 17h. O objetivo é capacitar pais, familiares, educadores, profissionais e demais interessados pelo tema sobre práticas acessíveis do brincar, incluindo técnicas manuais e corporais e confecção de materiais lúdicos que possam incluir crianças com e sem deficiência.

Para saber mais, acesse: http://bit.ly/1Mgwv2B

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Durante o Encontro Internacional de Reabilitação aconteceu a 1ª Reunião de Partes Interessadas no Fornecimento de Cadeiras de Rodas no Brasil com o objetivo de aumentar o acesso das pessoas com deficiência a cadeiras de rodas apropriadas. Dentre as principais discussões destacaram-se a necessidade de alcançar uma gestão inovadora que supere obstáculos como o financiamento inadequado de produtos e serviços; a falta de capacitação de técnicos; a ineficiência do acesso e a falta de informação organizada para a tomada de decisão. Confira a matéria completa no link: http://goo.gl/KLIM2U

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Um bom momento para profissionais com deficiência e mobilidade reduzida em busca de oportunidades de emprego na cidade de São Paulo. Como semanalmente faz, o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (CATe), da Secretaria Municipal do Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo (SDTE ), disponibiliza uma lista atualizada de vagas de trabalho. Do total de 667 ocupações, há variadas modalidades e remunerações: analista de contabilidade, auxiliar administrativo, auxiliar contábil e muito mais. Outras informações em http://bit.ly/1QQzfJg

 

Uso terapêutico do botox é aliado de áreas como a neurologia, a fisiatria e a urologia

O botox é um dos tratamentos estéticos mais procurados do país. A aplicação da toxina botulínica logo abaixo da pele reduz as rugas e linhas de expressão de forma rápida, pouco invasiva e com bons resultados. Entretanto, muito antes de ser popular na busca pelo rejuvenescimento, o botox foi pesquisado originalmente para fins terapêuticos e hoje é um importante aliado de áreas como a neurologia, a urologia e a fisiatria.

A toxina botulínica é fornecida gratuitamente pelo SUS há mais de 10 anos para todos os tratamentos, e seu uso é constante em diversos hospitais do país. Em Porto Alegre, o Hospital São Lucas da PUCRS inaugurou esta semana um ambulatório exclusivamente para a aplicação da toxina na área de neurologia.

As pesquisas com a toxina se iniciaram entre as décadas de 1950 e 1960, quando o oftalmologista americano Alan B. Scott buscava tratamentos alternativos para o estrabismo. Em 1989, os EUA autorizaram o uso do medicamento em humanos e a primeira marca a ser comercializada foi a Botox, do grupo farmacêutico Allergan, e o seu nome se tornou sinônimo da toxina.

Aqui no Brasil, o botox é usado para fins terapêuticos desde 1992, muito antes do uso estético, que começou somente nos anos 2000. As primeiras indicações eram para o estrabismo e o blefaroespasmo (ato de piscar os olhos de maneira descontrolada e excessiva), mas hoje ele já pode ser usado para tratar doenças tão diversas como bexiga hiperativa, cefaleia, paralisias, espasmos musculares e hiperidrose (suor excessivo).

— A toxina botulínica age entre o músculo e terminação nervosa. O nervo passa a mandar menos informação para o músculo e, consequentemente, ele relaxa — explica o neurologista do Hospital São Lucas, Jefferson Becker.

Devido a esse relaxamento a toxina botulínica é uma importante aliada para o tratamento de pessoas que sofrem com algum tipo de rigidez muscular, as chamadas espasticidades. Essa rigidez pode ser consequência de casos como acidente vascular cerebral, crianças com problemas no nascimento, traumatismo craniano ou na região da medula, entre outros.

— A toxina botulínica mudou a história do tratamento das espasticidades, especialmente entre as crianças que sofrem de paralisia cerebral. Com o músculo relaxado, uma criança que antes não conseguia colocar o pé inteiro no chão, por exemplo, passa a conseguir. Assim, seu corpo vai se adaptando e ela aprende a andar melhor, mesmo depois que o efeito do medicamento tenha passado. Isso reduz consideravelmente a necessidade de cirurgias — explica o fisiatra, professor da PUCRS e médico do Hospital São Lucas Carlos Musse.

Vencendo a paralisia

As aplicações de botox fazem parte da vida de Clara de Souza Soares, hoje com oito anos, que sofre de paralisia cerebral, uma sequela do seu nascimento prematuro. A paralisia afeta o lado direito do seu corpo, especialmente nos membros inferiores. Com o uso da toxina botulínica, ela tem mais liberdade em seus movimentos.

— A toxina era o único tratamento da Clara até os seis anos, quando ela fez uma importante cirurgia, e sempre teve ótimos resultados. Hoje, seguimos com as aplicações e, com a ajuda de uma órtese, ela caminha muito bem e leva uma vida normal — conta a professora, psicopedagoga e mãe da Clara, Elisangela de Souza Costa.

Combate à cefaleia

Um dos mais recentes usos da toxina botulínica é no tratamento da enxaqueca crônica. Por meio de aplicações logo abaixo da pele, o medicamento é capaz de impedir que as terminações nervosas que causam dor cheguem ao músculo.

A secretaria executiva Ana Paula Medeiros, 29 anos, sofre com dores de cabeça desde a adolescência. Nos últimos dois anos, sentiu uma piora nas crises e procurou ajuda médica. Após diversos tratamentos sem resultado, seu neurologista indicou a aplicação do botox, em maio deste ano.

— Eu tinha crises muito fortes duas ou até três vezes por semana e tomava muitos analgésicos. Depois da aplicação, as dores aparecem com bem menos frequência — conta a jovem.

Na urologia

Outra área da medicina que utiliza a toxina botulínica é a urologia, especialmente no tratamento da chamada bexiga hiperativa, quando o paciente sente uma vontade urgente e desconfortável de urinar, ou quando ele precisa excessivamente ir ao banheiro no decorrer do dia. A aplicação da toxina deve ser feita diretamente no músculo da bexiga, por meio de uma endoscopia.

— Nos casos em que a medicação oral e outros tratamentos não apresentam resultados, o uso de botox pode ser uma boa alternativa para evitar as contrações involuntárias do músculo, que causam o problema —explica o urologista do Mãe de Deus Center e do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Márcio Averbeck.

O que é a toxina botulínica

A toxina botulínica é um composto altamente venenoso, formado por um complexo de proteínas e produzido pela bactéria Clostridium botulinum. A bactéria produz sete tipos de toxina, nomeadas pelas letras A, B, C, D, E, F e G. A toxina A é a mais potente e a única comercializada no Brasil. Sua principal aplicação é intramuscular e seu efeito é naturalmente revertido pelo corpo em aproximadamente quatro meses.

Nem tudo é botox

Apesar de o nome botox ser conhecido como um sinônimo para a toxina botulínica, há importantes diferenças entre as diversas marcas do produto disponíveis no mercado. Por se tratar de um medicamento biológico, ela tem características específicas e diferentes indicações, efeitos e dosagens. Nem todas as marcas são autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar todos os procedimentos com o medicamento.

Criada pelo Governo do Estado de São Paulo, pelo decreto 52.973, de 2008, regulamentada pelo decreto 55.739, de 2010 e alterada pelo decreto 58.050, de 2012, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro tem como objetivo proporcionar o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motoras e sensório-motoras.

A Rede realiza programas de reabilitação específicos, de acordo com as características de cada paciente. Os tratamentos são realizados por equipes multidisciplinares, composta por profissionais especializados em reabilitação, entre médicos fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, técnicos de órteses e próteses e fonoaudiólogos.

Atualmente, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro conta com 17 unidades em funcionamento em todo o Estado e realiza mais de 100 mil atendimentos por mês. Estão em funcionamento as unidades Clínicas, Lapa, Morumbi, Vila Mariana e Umarizal, em São Paulo, Campinas, Fernandópolis, Jaú, Marília, Mogi Mirim, Pariquera-Açú, Santos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos.

Desde 2009, a Rede conta com a Unidade Móvel. Com o objetivo de atender as demandas mais urgentes de fornecimento de órteses, próteses, cadeiras de rodas e meios auxiliares de locomoção em todo o Estado, atendeu mais de 2.000 pacientes e forneceu mais de 4.000 equipamentos.

Trata-se de um caminhão 100% adaptado de 15m de comprimento x 2,60m de largura, pesa 20 toneladas. Além de elevador hidráulico para atender cadeirantes ou pessoas em maca, a Unidade dispõe de banheiro adaptado, um consultório médico, sala de espera e oficina de órteses e próteses, composta por salas de prova, de máquinas e de gesso.

Profissionais da área da saúde realizam atendimento multiprofissional: médicos fisiatras, técnicos de órtese e prótese, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros.

Para ser atendido pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro é necessário que o paciente receba do médico da rede pública de saúde o encaminhamento para a reabilitação e entre em contato com o Departamento Regional da Saúde para agendamento da triagem.