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Instituto de Reabilitação Lucy Montoro

A Rede de Reabilitação Lucy Montoro foi criada pelo Decreto 51973/08, regulamentada pelo Decreto 33739/10 e alterada pelo Decreto 58050/12, pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Saúde, em parceria com renomadas instituições de assistência, ensino e pesquisa. O objetivo principal é propiciar melhoria na qualidade de vida, participação na sociedade e capacitar plenamente a pessoa com deficiência para o exercício de seus direitos.

O atendimento é realizado por equipe multiprofissional de especialistas em reabilitação, composta por:

# Médicos Fisiatras, Psicólogos, Enfermeiros, Assistentes Sociais, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Educadores Físicos, Nutricionistas, Fonoaudiólogos, Odontólogos, Médicos consultores nas áreas de Cardiologia, Urologia, Reumatologia e Ortopedia.

Uso terapêutico do botox é aliado de áreas como a neurologia, a fisiatria e a urologia

O botox é um dos tratamentos estéticos mais procurados do país. A aplicação da toxina botulínica logo abaixo da pele reduz as rugas e linhas de expressão de forma rápida, pouco invasiva e com bons resultados. Entretanto, muito antes de ser popular na busca pelo rejuvenescimento, o botox foi pesquisado originalmente para fins terapêuticos e hoje é um importante aliado de áreas como a neurologia, a urologia e a fisiatria.

A toxina botulínica é fornecida gratuitamente pelo SUS há mais de 10 anos para todos os tratamentos, e seu uso é constante em diversos hospitais do país. Em Porto Alegre, o Hospital São Lucas da PUCRS inaugurou esta semana um ambulatório exclusivamente para a aplicação da toxina na área de neurologia.

As pesquisas com a toxina se iniciaram entre as décadas de 1950 e 1960, quando o oftalmologista americano Alan B. Scott buscava tratamentos alternativos para o estrabismo. Em 1989, os EUA autorizaram o uso do medicamento em humanos e a primeira marca a ser comercializada foi a Botox, do grupo farmacêutico Allergan, e o seu nome se tornou sinônimo da toxina.

Aqui no Brasil, o botox é usado para fins terapêuticos desde 1992, muito antes do uso estético, que começou somente nos anos 2000. As primeiras indicações eram para o estrabismo e o blefaroespasmo (ato de piscar os olhos de maneira descontrolada e excessiva), mas hoje ele já pode ser usado para tratar doenças tão diversas como bexiga hiperativa, cefaleia, paralisias, espasmos musculares e hiperidrose (suor excessivo).

— A toxina botulínica age entre o músculo e terminação nervosa. O nervo passa a mandar menos informação para o músculo e, consequentemente, ele relaxa — explica o neurologista do Hospital São Lucas, Jefferson Becker.

Devido a esse relaxamento a toxina botulínica é uma importante aliada para o tratamento de pessoas que sofrem com algum tipo de rigidez muscular, as chamadas espasticidades. Essa rigidez pode ser consequência de casos como acidente vascular cerebral, crianças com problemas no nascimento, traumatismo craniano ou na região da medula, entre outros.

— A toxina botulínica mudou a história do tratamento das espasticidades, especialmente entre as crianças que sofrem de paralisia cerebral. Com o músculo relaxado, uma criança que antes não conseguia colocar o pé inteiro no chão, por exemplo, passa a conseguir. Assim, seu corpo vai se adaptando e ela aprende a andar melhor, mesmo depois que o efeito do medicamento tenha passado. Isso reduz consideravelmente a necessidade de cirurgias — explica o fisiatra, professor da PUCRS e médico do Hospital São Lucas Carlos Musse.

Vencendo a paralisia

As aplicações de botox fazem parte da vida de Clara de Souza Soares, hoje com oito anos, que sofre de paralisia cerebral, uma sequela do seu nascimento prematuro. A paralisia afeta o lado direito do seu corpo, especialmente nos membros inferiores. Com o uso da toxina botulínica, ela tem mais liberdade em seus movimentos.

— A toxina era o único tratamento da Clara até os seis anos, quando ela fez uma importante cirurgia, e sempre teve ótimos resultados. Hoje, seguimos com as aplicações e, com a ajuda de uma órtese, ela caminha muito bem e leva uma vida normal — conta a professora, psicopedagoga e mãe da Clara, Elisangela de Souza Costa.

Combate à cefaleia

Um dos mais recentes usos da toxina botulínica é no tratamento da enxaqueca crônica. Por meio de aplicações logo abaixo da pele, o medicamento é capaz de impedir que as terminações nervosas que causam dor cheguem ao músculo.

A secretaria executiva Ana Paula Medeiros, 29 anos, sofre com dores de cabeça desde a adolescência. Nos últimos dois anos, sentiu uma piora nas crises e procurou ajuda médica. Após diversos tratamentos sem resultado, seu neurologista indicou a aplicação do botox, em maio deste ano.

— Eu tinha crises muito fortes duas ou até três vezes por semana e tomava muitos analgésicos. Depois da aplicação, as dores aparecem com bem menos frequência — conta a jovem.

Na urologia

Outra área da medicina que utiliza a toxina botulínica é a urologia, especialmente no tratamento da chamada bexiga hiperativa, quando o paciente sente uma vontade urgente e desconfortável de urinar, ou quando ele precisa excessivamente ir ao banheiro no decorrer do dia. A aplicação da toxina deve ser feita diretamente no músculo da bexiga, por meio de uma endoscopia.

— Nos casos em que a medicação oral e outros tratamentos não apresentam resultados, o uso de botox pode ser uma boa alternativa para evitar as contrações involuntárias do músculo, que causam o problema —explica o urologista do Mãe de Deus Center e do Hospital Santa Casa de Porto Alegre, Márcio Averbeck.

O que é a toxina botulínica

A toxina botulínica é um composto altamente venenoso, formado por um complexo de proteínas e produzido pela bactéria Clostridium botulinum. A bactéria produz sete tipos de toxina, nomeadas pelas letras A, B, C, D, E, F e G. A toxina A é a mais potente e a única comercializada no Brasil. Sua principal aplicação é intramuscular e seu efeito é naturalmente revertido pelo corpo em aproximadamente quatro meses.

Nem tudo é botox

Apesar de o nome botox ser conhecido como um sinônimo para a toxina botulínica, há importantes diferenças entre as diversas marcas do produto disponíveis no mercado. Por se tratar de um medicamento biológico, ela tem características específicas e diferentes indicações, efeitos e dosagens. Nem todas as marcas são autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realizar todos os procedimentos com o medicamento.

Criada pelo Governo do Estado de São Paulo, pelo decreto 52.973, de 2008, regulamentada pelo decreto 55.739, de 2010 e alterada pelo decreto 58.050, de 2012, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro tem como objetivo proporcionar o melhor e mais avançado tratamento de reabilitação para pacientes com deficiências físicas incapacitantes, motoras e sensório-motoras.

A Rede realiza programas de reabilitação específicos, de acordo com as características de cada paciente. Os tratamentos são realizados por equipes multidisciplinares, composta por profissionais especializados em reabilitação, entre médicos fisiatras, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, educadores físicos, técnicos de órteses e próteses e fonoaudiólogos.

Atualmente, a Rede de Reabilitação Lucy Montoro conta com 17 unidades em funcionamento em todo o Estado e realiza mais de 100 mil atendimentos por mês. Estão em funcionamento as unidades Clínicas, Lapa, Morumbi, Vila Mariana e Umarizal, em São Paulo, Campinas, Fernandópolis, Jaú, Marília, Mogi Mirim, Pariquera-Açú, Santos, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, São José dos Campos.

Desde 2009, a Rede conta com a Unidade Móvel. Com o objetivo de atender as demandas mais urgentes de fornecimento de órteses, próteses, cadeiras de rodas e meios auxiliares de locomoção em todo o Estado, atendeu mais de 2.000 pacientes e forneceu mais de 4.000 equipamentos.

Trata-se de um caminhão 100% adaptado de 15m de comprimento x 2,60m de largura, pesa 20 toneladas. Além de elevador hidráulico para atender cadeirantes ou pessoas em maca, a Unidade dispõe de banheiro adaptado, um consultório médico, sala de espera e oficina de órteses e próteses, composta por salas de prova, de máquinas e de gesso.

Profissionais da área da saúde realizam atendimento multiprofissional: médicos fisiatras, técnicos de órtese e prótese, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e enfermeiros.

Para ser atendido pela Rede de Reabilitação Lucy Montoro é necessário que o paciente receba do médico da rede pública de saúde o encaminhamento para a reabilitação e entre em contato com o Departamento Regional da Saúde para agendamento da triagem.

Instituto de Reabilitação Lucy Montoro

O Instituto de Medicina Física e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – IMREA HC FMUSP é uma entidade do governo do Estado, cujo objetivo é servir às pessoas com deficiência física, transitória ou definitiva, que precisam de atendimento de reabilitação, desenvolvendo seu potencial físico, psicológico, social e profissional.

O IMREA foi criado em 1975 como uma Divisão de Reabilitação do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Em sua trajetória, tornou-se um centro de referência em reabilitação, participando do desenvolvimento de políticas públicas para a promoção da inclusão da pessoa com deficiência em todas as esferas de sociedade.

Em 2009 adquiriu a condição de Instituto, por meio do decreto n° 53.979, de 29 de janeiro de 2009, do Governo do Estado de São Paulo.

Atualmente o IMREA possui cinco unidades de tratamento e coordena o Comitê Gestor da Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que conta com onze unidades em funcionamento distribuídas em cidades do interior de São Paulo, e uma Unidade Móvel.

A assistência à saúde promovida pelo IMREA tem caráter multiprofissional e interdisciplinar, especializada na área da Medicina de Reabilitação, com o objetivo de atingir o maior nível de independência física e funcional do paciente, considerando as características e grau de deficiência apresentada.

O IMREA integra a estrutura acadêmica da Faculdade de Medicina da USP através do Departamento de Medicina Legal, Ética Médica, Medicina Social e do Trabalho e também integra a Rede Lucy Montoro de Reabilitação criada pelo decreto nº 55.739 de 28 de abril de 2010.

O IMREA participa dos programas de residência médica, promove cursos para especialização de profissionais da saúde em reabilitação e atua na Graduação e pós-graduação além de atividades relacionadas ao desenvolvimento de pesquisas clínicas.

Curso: Terapias Robóticas em Reabilitação da Rede Lucy Montoro
Curso: Terapias Robóticas em Reabilitação da Rede Lucy Montoro

No próximo dia 17 de outubro terá o curso “Terapias Robóticas em Reabilitação”. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser realizadas pelo site: https://goo.gl/9mm1ps até o dia 05 de outubro. O curso é uma parceria entre a Sociedade Paulista de Medicina Física e Reabilitação (SPMFR) e o IMREA HC FMUSP.


CURSO: TERAPIAS ROBÓTICAS EM REABILITAÇÃO

DATA: 17 de Outubro de 2015LOCAL: Instituto de Reabilitação Lucy Montoro (Endereço: Rua Jandiatuba, 580 – Vila Andrade – Próximo ao Shopping Jardim Sul)

PÚBLICO: Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Fonoaudiólogos, Médicos e Residentes.

INVESTIMENTO: R$ 200,00 (profissionais) e R$ 150,00 (estudantes/residentes).
PROGRAMAÇÃO:
8h às 9h – Evidências em Terapias Robóticas em Reabilitação – Dr. Daniel Rubio de Sousa (Fisiatra e Diretor Clínico do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro)

9h às 10h – Recursos de alta tecnologia em comunicação suplementar e alternativa – Luciana Paiva (Fonoaudióloga) e Rodrigo Vasquez Dias (Engenheiro)

10h às 10h20 – Intervalo

10h20 às 12h – Avaliação funcional em terapias robóticas do membro superior – Thais Terranova (Terapeuta Ocupacional)

12h às 13h – Intervalo para Almoço

13h às 13h40 – Terapias robóticas para membro superior – inMotion – Thais Terranova (Terapeuta Ocupacional)

13h40 às 14h20 – Terapias robóticas para membro superior – Armeo – Thais Terranova (Terapeuta Ocupacional)

14h20 às 15h – Avaliação funcional em terapias robóticas para marcha – Alllan Rogers Venditi Beas (Fisioterapeuta)

15h às 15h40 – Terapias robóticas para treino de marcha – Lokomat – Ana Paula C. A. Esotico (Fisioterapeuta)

15h40 às 16h – Terapias robóticas para aprimoramento de marcha – outros aparelhos – Alllan Rogers Venditi Beas (Fisioterapeuta)

16h às 16h20 – Intervalo

16h20 as 17h30 – Demonstração com aparelhos – InMotion, Armeo e Lokomat – Equipe de professores

Fisiatria ou Medicina Física e Reabilitação é a área da medicina responsável pelo tratamento de uma ampla variedade de doenças que geram algum grau de incapacidade, o que engloba desde casos mais leves – como uma dor nas costas (lombalgia) – até lesões mais graves como seqüelas de um derrame cerebral (acidente vascular cerebral).

Seu principal objetivo é restabelecer as funções prejudicadas pela doença, utilizando múltiplos recursos e, muitas vezes, trabalhando em associação com outros profissionais de saúde.

Deu no SPTV: Falta de dinheiro provoca fechamento de duas unidades da AACD na capital paulista.

Por falta de dinheiro, duas Associações de Assistência à Criança Defeiciente (AACD) fecharam em São Paulo, segundo o SPTV. Com isso, crianças têm que enfrentar longos percursos para conseguir atendimento.

A AACD é uma entidade privada sem fins lucrativos que trata crianças e adultos com deficiência física. Por ano, faz  um milhão e quatrocentos mil atendimentos, 90% deles pelo SUS.

A AACD é uma entidade privada sem fins lucrativos que trata crianças e adultos com deficiência física. Por ano, faz  um milhão e quatrocentos mil atendimentos, 90% deles pelo SUS. Só que, segundo a superintendente clínica, as doações diminuíram e os repasses de verbas federais cobrem menos de 20% das despesas.

As unidades fechadas foram as de Campo Grande, na Zona Sul, e a de Santana, na Zona Norte. A de Campo Grande, inaugurada em 2011, foi construída pelo governo do estado num terreno cedido pela prefeitura e recebia pacientes que antes tinham que percorrer longas distâncias para ser atendidos.

As duas fecharam as portas dia 30 de setembro. A de Campo Grande tem corredores vazios e salas de atendimento fechadas. “Eles tão fechando porque…contenção de despesas, né? Os custos ficaram altos”, disse um segurança do local.

Os 340 pacientes que eram atendidos em Santana e em Campo Grande  foram transferidos para as unidades da  AACD na Mooca e no Ibirapuera. Para muita gente,  isso significa ter que fazer longas viagens.

A dona de casa Sheila Baros levava vinte minutos do Jardim das Imbuias até Campo Grande. Agora ela demora 1h30 para chegar ao Ibirapuera. Seu filho, Heitor, tem três anos e sofre da síndrome de Kabuki, que retarda o desenvolvimento mental e motor. Ele recebe tratamento na AACD há pouco mais de um ano.

O Ministério da Saúde disse que repassa R$11 milhões por ano para que a prefeitura
financie serviços de atendimento ao deficiente como a AACD. A Secretaria Municipal de Saúde disse que está discutindo com a AACD a transformação dessas unidades que fecharam em centros especializados de reabilitação, administrados pela prefeitura. O Ministério Público do estado informou que abriu um inquérito civil pra investigar a situação das unidades.

Sobre a AACD:

Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) é uma associação sem fins lucrativos brasileira, com sede em São Paulo – SP, que visa tratar, reabilitar e reintegrar à sociedade crianças, adolescentes e adultos portadores de deficiência física. Possui centros de reabilitação em São Paulo, Osasco, Recife, Porto Alegre, Uberlândia, Nova Iguaçu, Poços de Caldas e Campina Grande.

A AACD foi fundada pelo médico ortopedista Renato da Costa Bonfim, em 1950. A ideia surgiu após o médico ter ido fazer estágio em Ortopedia Infantil nos Estados Unidos, onde conheceu vários centros de reabilitações para deficientes físicos.

No ano de 1962, a própria AACD passou a produzir diversos tipos de próteses, órteses e acessórios.

Desde 1998, a entidade é assistida pela campanha Teleton, para arrecadação de fundos. Desde então, já foram construídos 7 novos centros de reabilitação.

07 de outubro: Dia Mundial de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral

07 de outubro é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral
07 de outubro é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Paralisia Cerebral

Hoje, 7 de outubro, é Dia Mundial da Paralisia Cerebral. A data foi criada para alertar a população sobre as causas, riscos, diagnóstico e tratamento. O movimento, que é liderado por um grupo de organizações sem fins lucrativos e apoiado por entidades em mais de 51 países, tenta mudar a forma como todos enxergam a paralisia cerebral e melhorar a vida dessas pessoas e seus familiares.